“Trajectos de memória” desenvolve-se a partir da ideia de reconfiguração das coisas. Todo o trabalho é assente numa afinidade visual estabelecida com o objecto original - uma placa de circuito. Pela sua multiplicidade e heterogeneidade, todos os seus componentes foram transportados por um imaginário dominado por inúmeras possibilidades formais.

As três imagens expostas apresentam assim, a memória de ideias gráficas: partes desmontadas, descontextualizadas, desorientadas; que, reordenadas, originam novas analogias e conexões.

Através destas reconfigurações, os segmentos deixam as suas posições e sequências originais com o propósito de se ligarem a outros, percorrendo assim outros trajectos em novas direcções.

Como um todo, as partes formam novos percursos de um objecto que agora só existe no articulado de uma nova memória.